A SUPER MULHER DO TERCEIRO MILÊNIO
Uma mãe com presença virtual
Mãe Virtual é aquela que, mesmo não sendo uma presença física constante para os filhos, mantém sua liderança durante todo o tempo em que não está com eles, ou seja, através do serviço de terceiros controla a administração do lar e a rotina dos filhos. A Mãe Virtual é uma executiva que, sem prejuízo da emoção, deve controlar sua casa como controla suas funções profissionais.
A Mãe Virtual – A Super Mulher, é uma realidade. Já faz um bom tempo que as mulheres casadas e com filhos começaram a trabalhar fora para ajudar no orçamento doméstico. Com o avanço da tecnologia e o aumento da competitividade, as mulheres também passaram a investir em seu desenvolvimento profissional. Desde então, as horas que passava fora de casa, trabalhando, foram acrescidas por outras onde se dedica a cursos e especializações em sua área de trabalho. Isto sem falar em seminários, simpósios e reuniões. Some-se a isto outras atividades fundamentais para o bem-estar dessa mulher (leia-se academia de ginástica, clínica de estética, etc). Ora, como classificar uma mulher com tantas atividades e responsabilidades? Uma Super Mulher, no mínimo.
E onde estão estas mulheres? Elas são facilmente identificadas nos setores administrativos das grandes empresas, bancos e serviço público. Isto sem falar nas empresárias, nas profissionais liberais, nas autônomas da economia informal, lideranças políticas e as “grandes mulheres”, que funcionam como suporte ativo de homens de projeção – primeiras-damas, embaixatrizes, e esposas de homens de destaque na sociedade. O fato é que as grandes corporações estão cada vez mais interessadas no potencial intelectual e de iniciativa das mulheres. Não é à toa que a participação feminina em cargos de comando vem aumentando.
E como conciliar esta nova realidade profissional com a vida de mãe e de casada, se for o caso?
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que não há mal nenhum nisto. Ser uma mãe bem sucedida na educação dos filhos, não implica, necessariamente, em dedicação integral a eles. Não há motivos para culpas ou remorsos. Os tempos são outros. Os filhos, hoje, também têm à disposição uma séria de atividades extra-curriculares que podem aprimorar seu desenvolvimento.
Bom, já sabemos o que é uma Mãe Virtual, uma Super Mulher. Concluímos também que não há nenhum problema nisso. Muito pelo contrário. Mas e agora? Como ajudar essas mulheres a organizar sua vida? Como prepará-las para controlar os filhos e sua casa, mesmo não estando presente. Como garantir que a distância física não prejudicará a relação com os filhos nem a perda da autoridade em sua casa?
Foi para responder a estas e outras dúvidas, que a Dra. Susan Leibig Martins desenvolveu um programa organizacional exclusivo para essas mulheres.
Todas as pesquisas desenvolvidas pela Dra. Leibig, nasceram de suas próprias necessidades. Ela, também, há muito tempo era uma mãe virtual, sem se dar conta desta condição. Trabalhando e estudando fora, tinha que dar conta das duas filhas, do marido e da casa. Hoje, após anos de aplicabilidade de suas técnicas, é uma mãe bem sucedida.
E na prática, como funciona?
Conteúdo do programa
A Presença Virtual e os serviços de apoio terceirizados da Mãe Virtual.
Muitas destas Super Mulheres têm cargos de comando nas empresas onde trabalham. E, geralmente, desempenham muito bem suas funções. O primeiro passo, portanto, será encarar o lar e a criação dos filhos como itens a serem administrados. Para tanto, ela terá que contar com os serviços de pessoas especializadas em funções que ela não poderá executar.
Hoje em dia, nas grandes empresas, várias atividades são terceirizadas, o que resulta em praticidade e economia de tempo e dinheiro. Então, a Mãe Virtual terá que construir sua rede de apoio baseada em serviços terceirizados: a empregada doméstica, que deverá ser a responsável pelo cumprimento das regras dentro de casa, o motorista da perua escolar, as “tias” da creche, berçário ou escolinha, os instrutores do clube (natação, tênis, etc), os professores de línguas e computação, os organizadores de acampamentos, os médicos e dentistas, etc.
Reparem que vários desses serviços já são utilizados pelas Mães Virtuais. O problema é que às vezes elas não os encaram como passíveis de críticas e mudanças. Como administradora, a Mãe Virtual deverá ter o controle sobre todos esses serviços e estar segura de que funcionam de acordo com suas necessidades.
A Liderança Situacional – como comandar com sucesso este sistema complexo.
Um ponto básico que deverá ser trabalhado será o conceito de Liderança.
Estará essa mulher exercendo uma liderança correta sobre seus filhos e os responsáveis pela guarda dos mesmos? Como se estrutura esta liderança? Como manter a liderança à distância? Todas essas questões somente poderão ser respondidas a partir de um trabalho individual com cada uma dessas mulheres.
A forma de liderança escolhida, e seu sucesso ou fracasso, está diretamente ligada à estrutura emocional dessa mesma mulher. Estrutura esta, que será estudada pela Dra. Leibig com o objetivo de definir os meios para se chegar a uma liderança mais firme e produtiva.
Tempo – substituindo a quantidade pela qualidade.
Uma das características dessas Super Mulheres é a agenda: invariavelmente lotada. É óbvio que não resta muito tempo para dedicar aos filhos. Mas isto não implica, necessariamente, em algo negativo. Mães que não trabalham fora e dedicam praticamente todo seu tempo à educação e criação dos filhos, não garantem com isso um bom relacionamento com os mesmos.
É preciso entender que um conceito muito usado em várias ocasiões, também poderá ser aplicado neste caso: quantidade não significada qualidade!
A Mãe Virtual precisará aprender a trabalhar com o conceito de qualidade nos momentos em que estiver com seus filhos. E isto é perfeitamente possível!
Ser Boa Mãe é diferente de ser Mãe Boazinha.
Quando essas questões relativas a tempo não são bem resolvidas na cabeça da Mãe Virtual, ela corre o risco de se tornar uma Mãe Boazinha, ao invés de ser uma boa mãe. Como trabalha fora e tem uma vida social intensa, sente-se culpada pelo pouco tempo que pode dedicar aos filhos. Erroneamente, age sempre como quem pede desculpas: enche as crianças de presentes, compra-lhes tudo o que pedem, mesmo sem necessidade, hesita em repreendê-los quando cometem erros, coloca sempre panos quentes em reclamações que podem vir da empregada ou da escola. Enfim, não exerce uma liderança produtiva.
A Boa Mãe, ao contrário da boazinha, que tudo perdoa, tem a medida certa da justiça: presenteia os filhos, sim, mas nunca em excesso, atende apenas aos pedidos necessários e diz não aos caprichos, repreende-os sempre que for necessário e procura inteirar-se da conduta dos filhos quando não está presente. É uma líder. Sem perder o amor e a ternura.
A Mãe Separada e o matriarcado familiar.
Assim como toda estrutura que funciona perfeitamente, fatores externos podem desestabillizá-la. Neste caso, a separação do casal é o exemplo mais típico.
Toda a rede de serviços que atende os filhos deverá ser revista. As crianças passaram por momentos difíceis e provavelmente necessitaram de ajuda profissional para superar a separação do pai e da mãe.
Será mais um desafio para a Mãe Virtual. Um desafio e, segundo alguns estudos, o vislumbre de uma tendência para o futuro: O Matriarcado.
Como normalmente é o pai que sai de casa, a mulher passa a ser a única autoridade a conviver diariamente com os filhos. Ela será também a referência profissional. Ela se transforma em Matriarca, ou, numa linguagem mais moderna, numa Super Mulher.
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