A parte dos sonhos - Minha grande amiga
Lendo o artigo "SONHOS – UM PRESENTE DOS DEUSES", ocorreu-me a idéia de escrever, para você, sobre minha experiência com os sonhos, utilizando a PNL.
A PNL pressupõe o sistema humano como um conjunto de partes operacionais, que funcionam como sub-sistemas.
Estas partes são conjuntos de neurônios, chamados de "circuitos neurais ou neuronais" e funcionam de forma muito aproximada a um programa de computador. Metaforicamente, podemos dizer que somos uma espécie de "computador", perfeito e com "n" possibilidades. Este "computador" foi formatado em algo muito semelhante a um traje espacial, com uma cabine de comando – glândula chamada hipotálamo, desenhada sob medida para o seu comandante, a mente.
É através desta cabine que a mente aciona as partes. Cada parte é responsável por, pelo menos, um comportamento e, naturalmente, possui todo o sistema de crenças que o suporta.
Aprofundando mais em nossa metáfora, podemos afirmar que cada parte é única, na sua forma de ser e agir, como uma impressão digital. Cada uma tem o seu próprio "jeitão", muito semelhante ao que chamamos de "personalidade", quando nos referimos ao conjunto de crenças e comportamentos em um ser humano. Por isso, existem partes calmas, agitadas, compreensivas, explosivas, "donas da verdade", flexíveis, alegres, ansiosas, medrosas, corajosas, autoconfiantes, tímidas, desinibidas, etc. E, o mais fantásticos é dizer que, todas elas em uma só pessoa!
Por isso é que o homem, genéricamente falando, é considerado um ser prismático. Dependendo da parte que a mente coloca em operação, vamos pensar e agir segundo o seu conteúdo. Aqui vamos um adendo.
Obviamente, existem partes "rebeldes" que costumam se abstrair dos comandos da mente. Elas, normalmente, agem/reagem por conta própria, mantendo uma independência proposital. Tenho encontrado, em alguns de meus clientes, este tipo de parte. São muito interessantes como instrumento de pesquisas porque desafiam o poder central, a mente. Fazem o que estão com vontade e costumo extrair delas, como crenças básicas da identidade e da auto-estima, o seguinte: "Eu sou eu e ninguém manda me mim. Só obedeço a uma vontade, a minha!". Elas são dissidentes e podem criar grandes problemas operacionais para a mente. Ainda bem que este tipo de parte, na grande maioria das pessoas, é uma exceção à regra.
A mente, para organizar as suas atividades, subdivide as partes em departamentos operacionais. Existem aqueles que funcionam só quando estamos acordados, outros que só funcionam quando dormimos e aqueles que operam 24h por dia.
O departamento dos sonhos está na categoria das 24h, e pertence a "vice-presidência" do não-consciente. Imagine a mente como o "presidente" do sistema, tendo subordinadas a ela duas "vice-presidências", a do consciente e a do não-consciente.
O departamento dos sonhos tem uma forma de operar muito interessante. Trabalha o tempo todo e é formado por uma equipe de partes que percorrem o nosso banco de dados, que chamamos de memória, pesquisando junto aos "programas" que estão lá em repouso, se algum está precisando de ajuda. Uma espécie de "questionário" é aplicado e as "oportunidades de melhoria operacional" são identificadas.
Metaforicamente, o departamento dos sonhos tem a função de inspecionar e controlar a qualidade de vida das partes, que compõem o sistema.
Com este material, as partes do departamento dos sonhos vão "fabricar" cada um dos sonhos que serão passados, de noite, durante o sono. Os padrões de linguagem destes sonhos, naturalmente, serão dentro do código lingüístico do não-consciente.
O departamento dos sonhos pode, também, receber um pedido para "fabricar" um sonho, vindo do departamento da intuição. Normalmente, isto acontece quando as informações intuitivas são impedidas de vir ao consciente. Neste caso, a metáfora do sonho terá conteúdo intuitivo e seu padrão lingüístico será, também, o do não-consciente.
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