Timidez: há cura. É só querer.
Com um programa estrutural de mudanças, o tímido vira um desinibido
Encarada ao longo dos séculos como um dos mais sérios problemas enfrentados pelas pessoas para atingir um desenvolvimento pessoal satisfatório, a timidez começa a ter cura. Técnicas desenvolvidas nos Estados Unidos há pelo menos duas décadas, e que começam a ser difundidas com sucesso no Brasil empregando, principalmente, a Programação Neurolingüística, aparecem como uma luz no fim do túnel e podem tornar a timidez uma página virada na história do ser humano.
Todas as pessoas são tímidas de alguma forma. Por mais desinibidas que pareçam, todas têm sempre um foco de timidez, e este faz com que o indivíduo deixe de utilizar todo o seu potencial – garante Susan Leibig Martins, fundadora do Susan Leibig Institute instalado em Higienópolis, elegante bairro de classe alta de São Paulo, uma das várias instituições voltadas no Brasil para o aperfeiçoamento pessoal e profissional das pessoas.
Formada em economia pela Universidade de São Paulo e com cursos de aperfeiçoamento na Pensylvania (EUA), Susan trabalhou vários anos como consultora de empresas na área de aumento de produtividade e melhoria de qualidade. Há quatro anos fundou seu Susan Leibig Institute, e nele atingiu o grande objetivo fixado no início de sua carreira: passar a atender e contribuir para a mudanças das pessoas individualmente e não como integrantes de grupos voltados para metas estabelecidas por empresas. "Quando você atende as pessoas enviadas por empresas, você faz o que o contratante quer, o que ele pede e precisa e não o que a pessoa individualmente quer e precisa", acentua Susan.
Experiência
A experiência acumulada em seus anos de estudos no Brasil e nos Estados Unidos juntamente com o trabalho como consultora de empresas e à frente do Susan Leibig Institute deram a Susan Leibig Martins a certeza de que todo mundo é tímido ou, pelo menos, tem focos de timidez. Para ela, a humanidade se divide em dois grandes blocos de tímidos: os que reconhecem sofrer essa deficiência e agem como tais, sendo visivelmente retraídos; e os que demonstram o contrário, agem como desinibidos, mas na verdade têm esse comportamento como forma de camuflar sua timidez ou focos desta.
Susan Martins já diagnosticou pelo menos 13 características mais evidentes que marcam o comportamento dos retraídos.
Segundo ela, a timidez se manifesta mais ostensivamente quando os tímidos têm de falar em público; conversar com autoridades; aproximar-se do sexo oposto; reclamar em locais públicos ou comerciais; receber elogios; vestir-se de maneira ousada; chamar pelo garçom, balconista ou recepcionista; ser observado; pedir reajuste de salário; revelar cansaço; negociar preço; mostrar o próprio corpo; e falar ao telefone.
Essas, de acordo com a especialista, são as características mais marcantes e visíveis de todo o tímido, embora mais freqüentes no grupo que realmente assume essa deficiência. Os desinibidos que também têm focos de timidez sentem-se em dificuldade enfrentando uma ou outra dessas várias situações.
Os tímidos
Entre os dois grandes blocos em que ela divide os tímidos, o primeiro é o grupo dos que se sentem "fraquinhos", permanentemente vítimas. "Estes vivem chorando as mágoas com freqüência, têm depressão constante, acham que vão fracassar em tudo o que vão fazer e sentem-se sempre a última das pessoas, a mais derrotada", assinala Susan.
No segundo grupo ela situa os que, embora tenham focos de timidez, não aceitam essa deficiência. "Estes se mantêm em cima de um pedestal, são arrogantes, frios e calculistas. Procuram construir uma auto-imagem de fortes, porque não aceitam os pontos em que são fracos. Quando desafiados agridem e sempre pôem a culpa no outro ou numa situação, nunca na sua própria incapacidade de sair para fora do castelo que construíram para si", completa a especialista.
Na meia centena de cursos que ministra anualmente em seu Susan Leibig Institute - , Susan Leibig usa a Programação Neurolingüística ( aliada à Lógica e à Ética) como instrumento básico para levar as pessoas a conquistarem mudanças em seu próprio comportamento.
Segundo ela, 65% dos que fazem o curso saem agindo como gostariam – supram a timidez e passam a explorar todo o potencial que têm. Cerca de 35% precisam voltar.
Os tímidos, aponta Susan, vivem basicamente duplo dilema: enfrentam a tortura de se expor e o medo de falhar. "Com a Programação Neurolingüística, eu uso uma técnica para apagar o medo e colocar no lugar autoconfiança. O tímido busca essencialmente segurança. Com o tempo e mantendo-se tímido, ele restringi a sua vida. Pára de se impor desafios. O nosso curso dá às pessoas horizontes maiores. Ele faz superar o sentimento de incapacidade que o tímido tem", explica a especialista.
Embora em seus estudos e utilizando-se da técnica da regressão já tenha constatado que até bebês apresentam focos de timidez. Susan adianta que ninguém nasce tímido. "Mas todos têm possibilidade de desenvolver comportamentos tímidos e é interessante notar que uma mesma pessoa pode apresentar posturas inibidas em outras. Isto está diretamente relacionado com a autoconfiança que temos em nossa capacidade de obter ou não resultados favoráveis no meio em que vivemos", enfatiza.
Causas
A causa da timidez é essencialmente o medo do desconhecido, o medo do que pode acontecer no futuro. O tímido tem dúvidas sobre a sua capacidade de ter sucesso, medo de fracassar e sofrer com isso. Alguns questionam até sua capacidade de manter o sucesso obtido e, para evitar o risco de fracasso e sofrimento, preferem nem tentar vencer – diagnostica Susan Leibig.
A timidez, destaca a especialista, pode levar o indivíduo à apatia, a viver uma vida reclusa e ausente do meio ambiente. Para o tímido, quanto menos contato com o exterior, melhor. Ele tende a superavaliar o perigo e fica ansioso cada vez que se depara com uma situação onde duvida da sua capacidade de obter resultados positivos. Uma das maiores dificuldades do tímido é dizer "não". Tende sempre a dizer sim e se sobrecarrega de tarefas e compromissos.
Susan adverte que a timidez pode levar a pessoa a ficar insegura: tem medo de tomar decisões erradas e sente vergonha de quase tudo, basicamente por dar excessiva importância ao que os outros pensam dela. "Mas um tímido pode transformar-se em um desinibido se estiver efetivamente disposto a mudar. Para tanto ele precisa desenvolver um programa estruturado de mudanças", garante.
A Programação Neurolingüística e a Neuroprogramação fazem com que o indivíduo seja capaz de por si resolver seus problemas. "Ensina as pessoas a eliminar fobias e traumas e a planejar melhor suas metas, além de desenvolver no indivíduo o sentimento
de busca da prosperidade, da felicidade pessoal e da realização", conclui Susan Leibig Martins.
COMO É O TRATAMENTO
A Neurolingüística muda a visão interna que cada um tem de si
A Neuroprogramação – técnica desenvolvida por Susan Leibig Martins no instituto que fundou em São Paulo – tem como ferramentas básicas de trabalho a Lógica, a Ética e a Programação Neurolingüística. Seu objetivo é estudar a produtividade no ser humano e levá-lo a um estado de "excelência pessoal". Ela entende como produtividade humana a capacidade do indivíduo de conquistar para si a felicidade, conhecimento, saúde, interação grupal harmoniosa, prosperidade e autoconfiança.
Para a Neuroprogramação os indivíduos são potencialmente competentes e já possuem todas as informações necessárias ao processo de mudança pessoal armazenadas em sua memória. O objetivo da técnica é reorganizar as informações, modificando a crença que as pessoas têm sobre suas habilidades, de maneira a torná-las cada vez mais produtivas.
O Susan Leibig Institute oferece cursos basicamente com o objetivo de ajudar as pessoas a aumentar sua produtividade pessoal, a melhorar a sua qualidade de vida, a desenvolver sua auto-estima e autoconfiança, tornando-as capazes de liderar a si mesmas e ao meio em que vivem.
Em seus cursos, o Instituto trabalha com a Lógica, a Ética e a Programação Neurolingüística. A Lógica estuda a organização dos pensamentos do homem e como este estrutura suas estratégias de ação. A Ética se detém sobre o impacto dos valores grupais e pessoais no sistema global de informações do indivíduo, estabelecendo os limites morais dos diferentes papéis que ele desempenha na interação grupal.
Surgida no início dos anos 70 nos Estados Unidos e desde então em constante aperfeiçoamento, a Programação Neurolingüística estuda a experiência subjetiva do ser humano e está se convertendo num dos métodos mais adotados em todos os processos que buscam a conquista do aperfeiçoamento pessoal e profissional.
A Programação Neurolingüística permite modificar com sucesso a visão interna que cada pessoa tem de si mesma e da realidade, acrescentando, retirando ou modificando informações, alterando as memórias de emoções, imagens, sons, cheiros, paladares e sensações táteis de cada indivíduo.
Fonte: Revista Diálogo Médico, páginas 44-47
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